ELENI TRINDADE
Quem pretende comprar material para a instalação elétrica deve ficar atento: estudo feito pelo Ministério das Cidades e Associação Brasileira dos Fabricantes de Materiais para Saneamento (Asfamas) mostra que 73,5% dos conduítes – também chamados de eletrodutos – que não estão no Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H) têm risco de incêndio e perda ou consumo excessivo de energia.
“O programa de qualidade verifica de forma contínua a qualidade dos produtos e, no caso dos eletrodutos, o cuidado precisa maior ainda porque se forem de má procedência oferecem risco para o consumidor”, afirma Natal José Garrafoli, diretor do Grupo Setorial de Tubos e Conexões de PVC da Asfamas.
Esses componentes são muito importantes na construção porque envolvem e protegem o fio elétrico para evitar choques, propagação da chama e risco de incêndio. “Assim como a tubulação de PVC, as instalações elétricas costumam ficar escondidas, com diferença que estão em todos os cômodos e que em caso de problemas trazem riscos de incêndio”, ressalta Garrafoli.
O programa acompanha 26 marcas: sete estão inscritas no PBQP-H e 19 não estão. Entre as que não fazem parte do programa, seis estão de acordo com as normas, oito foram desqualificadas e cinco estão em aprofundamento de testes que apuram se o fabricante não soube fazer, não domina os processos ou se agiu de forma intencional.
Hoje, um dos principais requisitos para esse tipo de produto é que ele não pode ser propagador de chamas. O órgão público pode punir a empresa porque, de acordo com o Artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor, os fornecedores de produtos são proibidos de colocar no mercado qualquer produto em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais.
Mais informações no site do programa: www.cidades.gov.br/pbqp-h/projetos_simac_psqs.php.